quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Será que ele me ama?


Quantas não foram as vezes que nos iludimos! Dizemos que estamos amando a pessoa, mas na verdade estamos nutrindo sentimentos que não trazem nenhuma renuncia!


Eu mesma, posso falar sobre isso! Eu me casei apaixonada e certa que já estava amando! Tinha uma plena certeza que ele era para mim, e era mesmo! Porém tive que aprender amar.


Casei e trouxe para dentro do meu lar aquela ilusão de que amava, mas depois com a convivência, descobri os erros dele, que antes estavam nulos quando éramos apenas namorados e noivos. Descobri também os meus erros, que antes ao meu ponto de vista, não existiam!


Descobri a realidade da vida. Era muito imatura. Eu era possessa pelo meu marido a ponto que não deixava ele respirar. Queria controlar e saber o que ele estava pensando, pois me sentia muito insegura.


O que acontecia?


Chorava muito porque me sentia que ele não me compreendia. Não sabia como mudar aquela situação. Eu, apenas tinha os meus 17 anos e ele foi o meu primeiro homem e somente nos conhecemos intimamente quando nos casamos. Pensava que não era suficiente mulher para ele. Ele era muito bom, para ser verdade! Eu tinha 43 kilos, muito magra.


Tudo era novo na vida de casada, além dos problemas de ciúmes, era a minha primeira experiência de ter um homem. Havíamos conhecido muito pouco, pois ele trabalhava muito e quase não tinha condição de tirar um dia na semana para nos conhecer melhor.


Eu tinha mesmo certeza de que ele era o homem, e cada dia eu me apaixonava mais. Porém a paixão não pode estruturar esse casamento e nem criar nenhuma base.


O que aconteceu para eu começa-lo amar?


Começou os problemas se tornarem grandes com aqueles ciúmes que eu tinha e também foram existindo outros problemas no trabalho. Eu e ele, tivemos que aprender a reconhecer nossos próprios erros.


Existe em cada ser humana uma coisa muito comúm, o egoísmo. Nós lutamos apenas para satisfazer os nossos próprios desejos e caprichos. Exigimos que o nosso parceiro faça tudo aquilo que queremos receber dele. Não importa a quem nós estamos supostamente amando, queremos que ele dê a nós a compreensão, a atenção, que ele peça perdão e etc…

Nunca pensamos primeiramente que nós que temos que tomar a atitude de mudar. É sempre ele que tem que dar primeiro passo para que então eu me sinta completa e amada.


Cadê então o meu lado?


Você acha que temos condição de sentir amadas impondo algo a ele do que nós queremos ou fazendo ele de livre e espontânea vontade?


Na verdade aprendemos pela nossa sociedade, que o amor tem que esperar receber para poder amar!


Porém quando nós nascemos, recebemos o amor, a atenção total da nossa mãe, sem ao menos dar alguma coisa. Ela tolerou todas as nossas choradeiras e todo processo sem nos cobrar o que ela queria, porque éramos um bebê puro.


Assim, também vejo o amor. O amor não é conquistado de uma hora para outra, estando apenas longe, como éramos namorados. Mas quando assumimos um compromisso e cumprimos o papel daquele compromisso de dar primeiro para depois receber, então podemos dizer que amamos e também podemos exigir porque cumprimos com todos os nosso esforços.


Será que você tem cumprido com o seus esforços de dar para poder exigir?


Eu, agora posso dizer que aprendi a amar. Aprendi na base dos problemas, dos meus erros e dos erros dele. Na medida que fui me desfazendo dos meus egoísmos, ele foi se desfazendo do dele naturalmente. Não obriguei ele a mudar, mas obriguei a mim mesmo a desfazer daquela natureza minha, para que eu pudesse construir um amor sólido.


Hoje curto um casamento feliz e completo. Nada e ninguém tem o poder de destruir o que contruimos até agora. O meu relacionamento com o meu marido é maravilhoso. Me dar prazer está ao lado dele, mesmo que as vezes ele não ceda para mim naquele momento que eu quero. Tenho toda paciência para esperar, porque o amo. Amo e sou amada por ele também.


Veja o quadro que criei para que você possa entender melhor

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